30/12/2008 - 18h26
Quarteto pede cessar-fogo imediato em Gaza; número de mortos ultrapassa 370
da Folha Online
O Quarteto para o Oriente Médio pediu nesta terça-feira um cessar-fogo imediato em Gaza e que seja "plenamente respeitado", segundo um comunicado publicado pelas Nações Unidas. O apelo foi feito durante uma teleconferência sobre "a situação em Gaza e no sul de Israel" pelos membros do Quarteto (Estados Unidos, União Européia, ONU e Rússia), segundo o texto.
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A faixa de Gaza sofreu nesta terça-feira o quarto dia seguido de ataques feitos pela Força Aérea de Israel. Os bombardeios, cujo objetivo declarado é destruir a capacidade militar do grupo extremista Hamas, atingiram diversos pontos da região densamente habitada por palestinos. Segundo levantamento de agências internacionais, o número de palestinos mortos ultrapassou 370 e há ao menos 1.700 feridos.
Segundo Israel, a ofensiva é uma resposta à violação --com o lançamento de foguetes-- do Hamas a uma trégua de seis meses que acabou oficialmente no último dia 19. Trata-se da pior ofensiva realizada por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
"Conclamaram todas as partes a levar em consideração as necessidades urgentes em matéria humanitária e econômica em Gaza, e a tomarem todas as providências necessárias para garantir o fornecimento constante de assistência humanitária. Concordaram, também, com a necessidade urgente para israelenses e palestinos de continuarem no caminho da paz", conclui o documento.
Os ministros das Relações Exteriores da União Européia (UE) também lançaram nesta terça-feira, em Paris, um apelo a um "cessar-fogo permanente" em Gaza, para permitir um "acesso humanitário", declarou o chanceler francês, Bernard Kouchner, à rede de televisão TF1.
"Queremos um cessar-fogo permanente e respeitado, com um acesso humanitário porque as vítimas são muitas e é preciso garantir que elas tenham acesso a cuidados médicos. Além disso, queremos um retorno ao processo de paz", enumerou o ministro, durante uma interrupção da reunião dos 27.
O ministro francês destacou que existe um consenso na UE sobre esta questão.
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