sexta-feira, 10 de outubro de 2008

COMPRO E VENDO IMAGENS


Rodrigo Araujo (Grupo Bijari)



re-organizar a maneira de ver-a-cidade,
de re-conhecer-se nela
de re-inserir-se como cidadão participante, atuante.
uma tomada de cons-ciência.
são gestos de existência
de(r)existência
e nunca (d)existência


Compro e Vendo Imagens é um trabalho que surgiu a partir de um olhar crítico sobre a cidade de São Paulo. Percorrendo e experienciando o espaço urbano de forma interessada, atenta, revelaram-se diante de mim muitas cidades dentro da mesma e, dentre elas, uma foi selecionada: aquela na qual explodem, a olhos vistos, espaços que não são "neutros" (chamo de neutros os espaços que têm a capacidade de quebrar fronteiras de classe por sua finalidade funcional, onde o valor de uso é mais evidente do que o valor de troca).

A cidade de que trato e sobre a qual procuro refletir com as minhas intervenções é aquela onde a organização e os significados atribuídos aos espaços construídos, são provenientes de processos sociais excludentes. Estes processos, por sua vez, criam dois pólos dicotômicos: de um, emerge uma cidade estilizada ao máximo; de outro, emerge a pobreza, a feiúra, tudo aquilo que não se quer ver. A tensão permanente faz com que o primeiro se intensifique para esconder o segundo enquanto este, em seu absurdo, denuncia a estetização esvaziada de sentido.

As imagens que ocupam a cidade desvendam, assim, a lógica do pensamento que a constrói: nossos olhos são constantemente desviados do chão/realidade para grandes outdoors preenchidos por infinitas "realidades paralelas", mas nunca pela que está, com todo o seu peso, diante de nós.

Por isso, o meu intento, com as intervenções que fiz e faço na cidade, é produzir uma transgressão no presente que me permita questionar para quem, como e com quais valores a cidade está sendo realmente construída. Afinal, quem nela (sobre)viverá?

Carroceiros, camelôs e sem-teto, no pólo da exclusão, evidenciam - simplesmente com sua presença - o reverso do ideal capitalista e resistem a um mundo que tenta a todo custo eliminá-los em nome da estetização da vida, da "boa-imagem" das pessoas. Eles personificam, com sua vida e pela sua profissão, a própria falência deste ideal.

Isso me indicou o caminho para iniciar uma investigação profunda das imagens, esfera com a qual mais me identifiquei para falar da tensão constituinte do sistema capitalista - por sua vez concretizada nos processos de construção e transformação constante dos espaços urbanos.

Compro e vendo imagens tenta abordar criticamente este processo, utilizando-se do espaço público como meio de colher e trocar formação e informação, de desmascarar a imagem existentente e, se possível, criar uma imagem (r)existente.

O camelô e o carroceiro são usados, neste sentido, como exemplos (neste processo de desmascaramento). Tanto com a barraca de um camelô fictício que "compra e vende imagens", quanto com a carroça que "vende imagens por quilo", tentei criar uma "distensão perceptiva" nos transeuntes, desnaturalizando a realidade: ao faze-los parar para interagir com as personagens que eu encenava, criava automaticamente um estranhamento, que é o que me interessa para fazer com que as pessoas reflitam sobre o espaço em que vivemos e no qual estamos todos inseridos.

Utilizando as imagens de forma diferente do que vemos todos os dias e veiculando-as através do que costuma-se chamar de "excluídos", pretendi criar, mesmo que intuitivamente, a possibilidade de reflexão para aqueles que se aproximaram de mim.


Estetização da vida: uma inversão de valores

"Olha a imagem, é um real, é um real a imagem. Imagens da cidade é só um real, tem para todos os gostos. Vamos chegando, olhar não custa nada, a melhor imagem é aquela que fica..."

(texto que eu pronunciava em minhas intervenções)

Quais imagens são veiculadas, quais imagens devem ser mostradas, quem as escolhe, quem as aceita, quem as compra?

A produção de imagens na sociedade contemporânea é tanta que se torna impossível não se relacionar de alguma forma com elas. A "imagem", como campo de análise de diversas áreas, deve ser entendida hoje pois a concentração, densidade e extensão de seu alcance elevam-na a um papel central na cultura, jamais alcançado, chegando ao extremo da própria realidade tornar-se, muitas vezes, apenas uma sombra ou confundir-se com as próprias imagens.

Esta inversão é, em grande parte, provocada por uma "estetização": o produto/artigo torna-se acessório, ornamento; a estética, que era apenas complemento, passa a ser o principal. Existe uma grande confusão entre o "ser" e o "parecer" e produtos duvidosos podem, graças ao enobrecimento estético, tornar-se aceitáveis e vendáveis pela "idéia" passada aos consumidores. O consumidor adquire, assim, antes a aura estética, a imagem do produto e, quase que como uma consequência disto, a sua finalidade prática.

A televisão talvez seja o exemplo mais evidente de como a realidade pode ser moldada esteticamente. Muito do que sabemos ou pensamos a respeito da realidade, nos é transmitido pela televisão. Podemos escolher via controle remoto aquilo que mais corresponde aos nossos anseios e, se algo nos incomoda ou não combina conosco, mudamos para outro canal. A realidade mediada pela televisão, torna-se uma "oferta manipulável", até o íntimo de sua substância. Diga-se o mesmo de quem acessa a internet, na qual os mesmos princípios estão envolvidos, com outros parâmetros.

Este processo de "estetização", onde consumimos antes as imagens do que a experiência real proporcionada pelos produtos, se dá de diferentes formas: no ambiente urbano, por exemplo, a estetização significa o avanço do belo, do bonito, daquilo que tem estilo; nos comerciais e na relação consigo mesmo, quer dizer o avanço da encenação e do estilo de vida; no que diz respeito à tecnologia, vemos o avanço da virtualização; no circuito artístico, da espetacularização.

Na intervenção denominada Compro e vendo imagens, procurei tocar nesta questão mostrando como a esfera estética está, mais do que nunca, subordinada aos ideais de vida que os grupos dominantes querem e precisam veicular para reproduzir o capital.

A estetização do ambiente urbano, a que mais me interessa, preenche os espaços concretos e os define no momento em que privatiza o público e remove tudo o que é indesejado para locais periféricos, suburbanos. Tanto o carroceiro quanto o camelô, personagens principais de minhas intervenções, fazem parte do que não pode nem deve ser mostrado: são, assim, focos de apagamento e remoção por parte do poder, pois podem ameaçá-lo.


Urbanismo estetizado: a realidade enquanto imagem

O espaço urbano é constantemente submetido a um processo de "segmentação estética": as zonas de compra e cultura de bairros nobres ou com potencial especulativo são modeladas de maneira elegante, chique, animadora, e por todo lado se alastra o embelezamento das fachadas.

"A paisagem urbana ficou estetizada e encantada, mediante a arquitetura, outdoors, vitrines, anúncios, publicidade, embalagens, sinais de rua etc. e mediante as pessoas reais que se movimentam por esses espaços: os indivíduos que, em graus variados, usam roupas, maquilagens e penteados da moda, ou que adotam formas estilizadas específicas de movimentar ou aprumar seus corpos. A estetização da vida cotidiana, neste sentido, assinala a expansão e a extensão da produção de mercadorias nas grandes cidades, que ergueu os novos edifícios, lojas de departamento, galerias, shopping centers, etc., produzindo uma coleção infindável de bens para revestir as lojas e abastecer os que por ela passam." (1)

A intenção que gera toda esta beleza e conforto nas grandes cidades mundiais, dentre as quais está São Paulo, de certo não tem nenhuma ligação com generosidade, nem com os anseios da população por uma vida melhor. A criação destes novos espaços urbanos sofisticados está vinculada ao capital, que toma o lugar dos ideais humanistas e do Estado como gerenciador das diretrizes urbanísticas.

Como o mercado tem uma ética e regras diferentes do Estado, ao invés de um pensamento em prol da sociedade como um todo, o urbanismo ditado pelas grandes corporações privadas cria formas despóticas e desiguais de desenvolvimento, onde as classes baixas são deixadas de lado ou expulsas para que os ricos possam desfrutar da nova e animada cidade.

Otília Arantes comenta esta mudança de pensamento, mostrando como a estetização da cidade modifica os ideais ético-políticos dos projetos urbanos.

"Até bem pouco tempo, a abordagem da cidade, tanto no plano prático das intervenções urbanas, quanto no âmbito do discurso teórico específico, se dava prioritariamente em termos de racionalidade, funcionalidade, salubridade, eficiência, ordenação das funções: em suma, falava-se e agia-se em nome da sociedade em seu conjunto(...) nos dias atuais, tudo parece obedecer ao princípio máximo da flexibilização(...) assim fala-se cada vez menos em planejamento da cidade que, deste modo, estaria obrigada a obedecer a um modelo estável de otimização do seu funcionamento, e cada vez mais em requalificação, mas em termos tais que a ênfase deixa de ser predominantemente técnica para recair no vasto domínio do passe-partout do 'cultural' ". (2)

Notamos, assim, que o atual urbanismo está subordinado ao capital e à formação do "capital cultural". A renovação urbana acelera o processo de restauração, reocupação e revalorização de certas áreas em detrimento de outras e faz proliferarem ambientes simulacionais como grandes galerias, shopping centers, parques temáticos, hotéis e museus.

A estetização do espaço urbano visa alterar o perfil sócio-cultural das cidades e a gestão urbana aumenta as estratégias de reconversão e requalificação dos espaços públicos e privados, acelerando a gentrificação. Para que estes espaços sejam realmente atrativos para o capital, as pessoas de classes baixas, o mercado informal, os sem-teto (ou seja, a maioria da população em certas cidades, como São Paulo, por exemplo) não podem ser as personagens principais, pois denunciariam a falência do discurso estético-progressista dominante. Cria-se, assim, uma guerra para a expulsão destas pessoas que deflagram a realidade da cidade, e não a difusão de um pensamento que visa melhorar os espaços num âmbito geral.

Dentre os interessados na aceleração deste processo de desigualdade social (refletido na desigualdade espacial) estão os investidores de novas indústrias de serviço, informação e alta tecnologia. Estes, legitimam o desenvolvimento desigual das cidades utilizando-se, para isso, de artifícios linguísticos: o "público" é relacionado com a arte, a beleza, a limpeza, a ordem e a segurança. A partir da identificação com o "público", as grandes empresas envolvidas no mercado imobiliário apropriam-se dos espaços (realmente públicos) em troca de melhorias "para a cidade", construindo bens culturais. Desta forma, são criados os espaços "públicos-privados".

O Estado e os municípios, requerem das grandes corporações privadas a construção de átrios e praças em troca do aumento do coeficiente de ocupação. Mas estes espaços não refletem as qualidades sociais e democráticas que deveriam estar presentes nos espaços públicos, tornando-se espaços privados, com normas e regras próprias.

Os "espaços públicos-privados" são largamente celebrados como uma parceria inovadora entre o público e o privado quando, na realidade, são concebidos de uma maneira excludente, na qual uma variedade de meios legais, físicos e simbólicos são utilizados para tornarem-nos acessíveis a certos grupos sociais e negados a todos os outros.

Marilena Chauí aponta como as novas possibilidades de categorizações espaciais velam as intenções políticas dominantes:

"(...) Para o que nos interessa aqui, o fenômeno mais importante é a passagem do espaço público à condição de marketing, merchandising e midiazação e a do espaço privado à condição de privacidade intimista, mas sobretudo a perda de fronteiras entre ambos, abrindo comportas para formas inéditas de despotismo.(...)" . (3)

A partir desta nova categoria de espaço, as definições do que é realmente público e do que é privado tornam-se nebulosas, de maneira a permitir que o controle social seja exercido sutilmente. A possibilidade de vinculação do espaço com outras áreas de atuação, como o marketing (cultural ou não), demonstra não apenas a perda de fronteiras entre o privado e o público, mas também a substituição das finalidades públicas por finalidades privadas.

Os significados originários dos espaços públicos sofrem uma inversão (assim como a inversão na qual a estética do produto sobrepõe a sua funcionalidade): revelam não mais os ideais democráticos, mas a ideologia contida nas estratégias empresariais - que determinam com lógica própria os valores de suas intervenções, realocando populações e equipamentos segundo as flutuações do mercado.

Realocados ou expulsos dos espaços privatizados pelo mercado imobiliário, os sem-teto - segmento do qual a maioria dos carroceiros faz parte - ocupam os espaços "ainda" públicos (em sua maioria degradados, abandonados), mas a sua presença na paisagem urbana é violentamente contestada. Sua visibilidade é apagada por esforços institucionais de removê-los para outros lugares - para abrigos fora de prédios ou parques, para bairros pobres, para espaços marginais. Tudo isso é reforçado por estereótipos criados pela mídia que, inclusive, culpa as vítimas e assim justifica a sua "invisibilidade programada" (a sua expulsão e marginalização).

Auxiliados por estas estratégias, fomos capazes de desenvolver uma espécie "miopia social" que é o que nos permite enxergar as pessoas que moram na rua como extensões do cenário urbano. O valor destes pessoas diminui até ficar abaixo do valor dos objetos, como demonstra o número cada vez maior de corpos sem lar.

A substituição do valor de uso pelo valor de troca poucas vezes foi tão gritante: famílias habitam pontes, parques e ruas enquanto centenas de edifícios habitáveis ficam vazios, à espera de melhores oportunidades de mercado para serem reabertos. Esse deslocamento corporal é ainda mais violento do que uma guerra, pois não ter casa é uma condição de lenta deterioração e de um heroísmo muito pouco apreciado.

As cidades acabam por ser apenas a fachada mais visível da atual mundialização desintegradora do capitalismo. As conseqüências deste fenômeno atingem diretamente as classes mais baixas, criando a sub-proletarização (um fenômeno mundial) , desemprego e, sobretudo, uma legião crescente dos que nunca entrarão no mercado de trabalho. A moradia passa a ser um artigo raro, crescem as "sub-moradias" e as "sub-cidades".

A chamada "cidade fragmentária", em grande parte é isso: o resultado de uma nova "ordem" mundial, onde a grande maioria das pessoas não têm nem mesmo a infelicidade de ser explorada, onde o universo da economia tecnológica de ponta está fora do alcance de muitos, e não apenas da periferia terceiro mundista. O próprio conceito de Terceiro Mundo torna-se vago diante da rede transnacional que interliga alguns nichos de desenvolvimento espalhados pelo mundo.

Estes, por sua vez, são cada vez mais raros em virtude do ímpeto destrutivo da competição capitalista atual, que é a fonte da nova marginalidade urbana. Desta maneira, o modelo urbano mundial se desfaz e no lugar de "desenvolvimento" se nota a mais implacável exclusão.

(r)existência à estetização

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A intervenção Compro e vendo imagens é uma tentativa de caminhar contra a corrente deste processo de estetização, de esvaziamento de sentido dos espaços públicos, de desumanização das cidades, de exclusão dos corpos, de miopia social.

A carroça percorre a cidade como um ícone de (r)existência, uma imagem que não está entre as preferidas para ser repetida à exaustão, glamourizada e vendida como estilo de vida. Percorre as ruas recolhendo imagens que já foram consumidas e que são, agora, vendidas meramente como papel, matéria-prima desprovida de aura estética. No exato momento em que as imagens são vendidas por quilo, está invertida a relação estetizante: a aura imagética não só foi subordinada ao produto (papel), como já foi consumida anteriormente e não mais existe, não vale mais nada - quanto mais branco e sem imagens for o papel, mais caro poderá ser vendido para reciclagem. Por sua vez, o carroceiro que vende imagens é duplamente contra o processo de estetização da vida e da sociedade: por sua própria imagem revelar o reverso do sistema capitalista (pobre, vendedor de lixo), e por vender um produto o qual, quanto mais as imagens anteriormente impressas estiverem apagadas, maior será o seu valor.

A barraca de camelô também percorre a cidade sendo um signo de (r)existência. Visualmente não responde à imagem estabelecida como correta e bela, e vende um produto que traz consigo imagens que são igualmente contrárias às determinadas pelo atual padrão estético, além de não possuírem mais o valor funcional de passagens de ônibus, metrô e trem.

Tanto a barraca de camelô quanto a carroça acabam por se utilizar dos próprios princípios estetizantes contra a cultura estetizada, tornando belas imagens daquilo que, a princípio, nunca deveria ser elevado a tal.

Neste sentido, as duas intervenções me permitiram realizar uma reflexão teórica mais vinculada à prática - ou seja, ao processo que vivi na tentativa de criar um caminho alternativo para a veiculação das imagens: porque só neste caminho alternativo certas imagens poderiam e puderam ser veiculadas, só neste caminho a aura estetizante pode ser substituída pela realidade do contato daquele que compra com "o que compra" e com aquele que vende.

Com as intervenções, tentava criar uma "distensão no presente" (ou melhor, paralisar o tempo daquele que passava, com pressa), para fazer com que as pessoas, casualmente escolhidas, refletissem, na prática mesma de sua condição de transeunte (provavelmente de baixa renda, trabalhadores do "trabalho duro"), sobre a imagem. E, a partir e através da imagem, pudessem refletir sobre as relações humanas estabelecidas na cidade. Além disso, percebi que estava em busca de acentuar esta transgressão no momento em que me colocava (eu, um cidadão privilegiado) na pele do excluído, inventando uma personagem com a pretensão de incorporar a alma do "possível", do original e da arte ao mostrar, com a sua mera presença, tudo isso àqueles que se vêem - e que a sociedade em geral vê - como não originais, não belos. Que não enxergam, em sua condição desprivilegiada, este possível.

No meio dos cidadãos privilegiados (na FAU, por exemplo), me preocupava em denunciar o quanto nenhum de nós está isento desta "estilização da vida", mesmo os mais "conscientes", os mais "transgressores": no momento mesmo em que compravam os passes, como "fetiches" da própria transgressão, pronto, acabavam por consumir estetização e estilização.

E, além de tudo isso, uma amiga me contou que viu (na calada do dia, ou da noite, de qualquer forma quando eu já não atuava como personagem principal) garotos da favela São Remo brincando de vender passes, um para o outro, na barraca de camelô que deixei na FAU. Brincando, assim, com aquilo que normalmente simboliza o que é estéril, o que não tem graça: brincando de ser reais, de realidade - ao invés de brincarem de ser aquilo que não são.

Por tudo isso, acredito que o entendimento desta cultura altamente estetizada auxilia na descoberta, dentro do próprio contexto, de espaços, pessoas, cidades dentro da cidade, que transgridem, só pelo fato de existirem - ajudando a revelar imperialismos, despotismos, injustiças. Ajudando, enfim, na luta pela efetivação dos direitos democráticos.

O meu trabalho se baseia no princípio de que a cultura estética pode, sim, contribuir para a cultura política se for melhor compreendida para ser desmascarada e transformada em prol de todos, do público, da qualidade de vida, da beleza para qualquer um que more ou transite nas grandes cidades.


"Uma estetização total leva em direção do seu oposto. Onde tudo é belo, nada mais é belo." (4)



1. FEATHERSTONE, Mike, "Cultura de Consumo e Pós Modernismo" - São Paulo, Studio Nobel, 1995, pp 111.

2. ARANTES, Otília, "Urbanismo em fim de linha" - São Paulo, Edusp, 1998, pp.146.

3. CHAUÍ. Marilena, "Público, privado, despotismo" in: NOVAES, A. (org) "Ética" São Paulo - Studio Nobel, 1997.

4. WELSCH, Wolfgang, "Estetização e estetização profunda ou: A respeito da atualidade do estético nos dias de hoje" Revista de Artes Visuais/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul volume 6" - Porto Alegre , 1995.

Bibliografia:

ARANTES, Otília "Urbanismo em fim de linha" - São Paulo, Edusp, 1998

CHAUÍ, Marilena - "Público, Privado, Despotismo" In: NOVAES, A (org.) "Ética"
São Paulo, Companhia das Letras, 1992

DEUTSCHE, Rosalyn - "Uneven development: public art in New York City", October,1998

FEATHERSTONE, Mike - "Cultura de Consumo e Pós-Modernismo" São Paulo - Studio Nobel, 1995

HARVEY, David - "Condição Pós-Moderna. Uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural"São Paulo: Loyola, 1992

KRAUSS, Rosalind, "Caminhos da Escultura Moderna", São Paulo, Martins Fontes, 1997.

LEFEBVRE, Henri, "O Direito à Cidade", São Paulo, Ed. Documentos, 1969.

LYNCH, Kevin , "A Imagem da Cidade", São Paulo, Martins Fontes, 1997.

MENESES, Ulpiano T. Bezerra, Conferência: "Os 'Usos Culturais' da Cultura"; in.Yázigi, Eduardo, et. Al, Turismo: Espaço, Paisagem e Cultura. São Paulo - Hucitec, 1996.

OLIVEIRA, Francisco de - "Privatização do público, destituição da fala e anulação política: o totalitarismo neoliberal" - São Paulo, Vozes, 1999.

PEDROSA, Mário "Política das Artes", São Paulo, Edusp, 1995.

SNOW, David , ANDERSON, Leon , "Desafortunados, Um estudo sobre o povo da rua", Ed. Vozes, 1998.

VIRÍLIO, Paul , "Espaço Critico", São Paulo, Ed. 34, 1994.

Link: Bijari (www.bijari.com.br).

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