sábado, 11 de outubro de 2008

Cidade e Tempo x Indivíduo


Em qualquer lugar do mundo, inventamos nosso próprio tempo e espaço². Ao passar dos séculos, este tempo acabou tornando-se um buraco, ficando mais profundo, porém cada vez menos largo. À medida em que a medicina e nossa qualidade de vida aumenta, nossa inquietação, ritmo e desejo vêm sendo cada vez mais frenéticos e ambiciosos. Ao mesmo tempo, entramos em conflito com este ritmo: procuramos um subterfúgio para nosso tempo urbano. Passamos do tempo das megacidades e fugimos para o tempo do campo, do litoral ou das montanhas.

Estamos sempre oscilando em períodos de humanização e de industrialização e produção em série, este último tranformando-se num grande potencializador de uma rotina na qual não temos escolha a não ser ficar dependentes e impotentes.

A Intermídia Artística Instalação ¹ sempre é temporária: ela ocupa um determinado espaço num determinado tempo. Ela geralmente terá seu significado restrito a este tempo-espaço, e simultaneamente molda tudo o que consagramos como absolutamente imutável: o próprio lugar e os próprios minutos.

LÉVY, Pierre. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996. 160 p.

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