terça-feira, 20 de maio de 2008

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O Tibet foi anexado à China no século 13, durante a dinastia Yuan, por contrato matrimonial entre as casas reais mongol e tibetana. Comparada a anexações como as do Texas, Hawai e Porto Rico, aos Estados Unidos, a do Acre, ao Brasil, e a da Escócia, à Inglaterra, a incorporação do Tibet à China até que foi pacífica.

Excluindo o momento em que o Império Britânico tentou ocupar o Tibet, durante seu domínio sobre a Índia, nos 700 anos restantes a soberania da China sobre o Tibet só começou a ser questionada em 1950, quando as tropas do Exército Popular de Libertação chegaram ao Tibet, no final da guerra civil contra Chiang Kaishek, completando a libertação da China.

Nessa ocasião, o Tibet ainda era governado por uma teocracia. Os lamas, além de sacerdotes, exerciam o poder político, econômico e social. O regime de trabalho era o da servidão feudal, ainda havendo restos de escravismo na sociedade. O novo governo da China reconheceu o Tibet como uma região autônoma. E apenas em 1957começou a discutir, com os lamas, a mudança no sistema agrário e de trabalho. Uma parte dos lamas não aceitou a perda de seus servos, inevitável com a reforma agrária, e realizou uma insurreição, em 1959. Sua derrota representou o fim da servidão no Tibet, e a separação entre Estado e religião.

Naquela ocasião, os Estados Unidos, que haviam apoiado Chiang Kaishek na guerra civil, e implantado um forte bloqueio militar, econômico e diplomático à China, estimularam os insurretos e, depois, os aconselharam a mudar os “motivos” de sua revolta. Desde então, a propaganda anti-China subverteu a história e só apresenta a questão Tibet como um assunto de independência, pretensamente perdida em 1950.

PS- Chiang Kaishek era líder do Kuomintang, partido nacionalista Chinês, quando da Guerra Civil que institui o comunismo no país.

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