domingo, 18 de novembro de 2007

MANIFESTE-SE [todo mundo artista]





“Os estudos dos efeitos passaram dos usos como funções para as funções dos usos, saltando portanto, da pergunta 'o que os mass media fazem com as pessoas?' para a pergunta 'o que as pessoas fazem com os mass media?' Assumindo que a audiência é tão ativa quanto os emissores das mensagens.” (Lúcia Santaella, 2001).

A resposta neste atual momento em que vivemos é a World Wide Web como um local de reconhecimento videográfico (vide o YouTube nos últimos meses, um fenômeno do vídeo online responsável por mudanças comportamentais do ser urbano contemporâneo), dando voz a todos aqueles que possuem um mínimo de infra-estrutura para fazer parte deste “seleto” mundo da tecnologia digital: banda larga e equipamentos audiovisuais (diariamente 65 mil vídeos são postados e 100 milhões exibidos so mente no Youtube, o que representa 42,2% dos v ídeos assistidos na internet).

Ou seja, em nossa contemporânea virada de século, temos não somente a televisão, mas também a internet (blogs, videoblogs e Youtube, dentre outros portais videográficos na rede) se tornando, como define Ivana Bentes, o "espaço público" de "mentes coletivas" por excelência em nossa sociedade, interligando indivíduos, cada qual a partir de sua auto-experiência cotidiana.

Este trabalho faz parte de nosso work in progress The Everydayness Manifesto, desenvolvido a partir de pesquisas sobre as flaneries do século XIX: “as ruas são a moradia coletiva. O coletivo é uma essência incansável e eternamente movediça; entre as fachadas dos edifícios, suporta (erlebt), experimenta (erfährt), aprende e sente tanto quanto indivíduos dentro da proteção de suas quatro paredes”, citando Walter Benjamin (1927-29), dos andares à deriva do século XX descritos pelos situacionistas (1956): “o caráter principalmente urbano da deriva, no contato com centros de possibilidades e de significações que são as grandes cidades” e de estudos que inter-relacionam a Sociedade da Vigilância à Sociedade do Espetáculo: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediada por imagens” (Guy Debord, 1967).

MM não é confete

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