terça-feira, 18 de setembro de 2007



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28, 29 e 30 de outubro de 2007
Paço das Artes

Espaço, aceleração e amnésia: arte e pensamento na contemporaneidade
O II Simpósio Internacional de Arte Contemporânea, realizado pelo Paço das Artes em parceria com o Fórum Permanente, busca fomentar a reflexão e difusão do conhecimento relacionado à arte contemporânea em âmbito internacional.
Com inscrições abertas ao público em geral, trata-se de uma oportunidade de discutir com artistas, críticos, curadores e profissionais de destaque do circuito nacional e mundial sobre os caminhos da produção artística na contemporaneidade. Esta edição girará em torno da questão da espacialidade e de como a arte se configura (ou reage) neste tempo de aceleração crescente e avesso à memória em que vivemos hoje.
Pensando no sistema da arte, composto pela equação produção artística, crítica e curadoria, instituições, mercado e mídia, uma questão coloca-se de saída: como vive esse sistema frente a uma situação universal em trânsito, que vê alterada a sua tradicional noção de espaço e experimenta, portanto, uma situação existencial que é feita consecutivamente de aceleração e amnésia?
Na arte a configuração destas novas espacializações corresponde à prática dos deslocamentos, às desterritorializações, ao ativismo em rede, às comunidades virtuais; enfim, às novas configurações espaciais das propostas artísticas. Configuram-se eixos de ação em espaços coletivos e colaborativos que, muitas vezes, colocam em debate as questões mais gerais da sociedade globalizada.
De um lado, vemos curadores trabalhando a partir de re-inserções no presente, promovendo movimentos antiglobalizantes, muitas vezes de teor sócio - assistencialista. De outro, vemos os artistas voltados a paradigmas do pensamento em arte que resultam em jogos entre o real e o ficcional, gerando estéticas e des-estéticas. Um terceiro aspecto é a emergência de um neo-populismo na arte sob influência direta do multi-culturalismo dos anos 80 e 90.
A decomposição do paradigma social na arte resultou no gigantismo expositivo e em estratégias corporativas na arte como supostas porta-vozes da diferença, que requerem uma reavaliação: não estaria surgindo, então, uma nova subjetividade burguesa que termina por mesclar a arte com interesses do capital privado e das instâncias públicas por meio do assistencialismo?
Paralelamente verifica-se uma modificação crescente na idéia do tempo. Da idéia de duração passamos para uma visão mais instantânea do tempo, imediata, que acompanha, obviamente, a ideologia imposta pelo consumo em tempo real.
Dentro desta aceleração constante, o esquecimento e a amnésia parecem se tornar um lócus privilegiado de discussão. Como falar em memória, em história, em uma sociedade que prega a instantaneidade? Como os artistas vêm potencializando esta discussão? Como pensar a documentação, a pesquisa, a coleção pública e sua conseqüente difusão nas instâncias da formação? Se o arquivo vivo é a fonte para a construção da memória e história da arte, como pensar o museu do futuro? Como pensar a memória do passado recente e do presente acesso à arte, a distribuição de registros e informações, o papel das instituições nos dias de hoje?
Estas entre outras questões semelhantes integram o II Simpósio Internacional de Arte Contemporânea do Paço das Artes. Esperamos que as discussões ao redor do tema “Espaço, aceleração e amnésia” possam incentivar o debate e o diálogo construtivo para o sistema das artes na contemporaneidade. Desta forma, o Paço das Artes, em conjunto com os seus parceiros, cumpre com a sua ampla missão, que é mostrar e pensar a arte contemporânea.



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antídoto - Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito

24 a 26 de setembro de 2007
Itaú Cultural - Sala Itaú Cultural

Seminários da segunda edição do Antídoto reúnem personalidades da Colômbia, Honduras, Inglaterra e Brasil em torno de ações culturais em zonas de conflito
De 24 a 26 de setembro, o Itaú Cultural realiza em parceria com o grupo carioca AfroReggae o Antídoto II – Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. Entre os convidados que discutirão a arte como ferramenta de transformação em áreas de conflitos sociais, étnicos, bélicos e religiosos estão o colombiano Hugo Acero, ex-secretário de Segurança e Convivência da Prefeitura de Bogotá; a apresentadora Regina Casé; a criadora da ONG Davida e da grife Daspu, Gabriela Leite; o músico MV Bill e o colombiano Cesar Lopez, criador da “escopetarra”: guitarra feita sobre a estrutura de um fuzil AK-47. A programação é gratuita e será transmitida pelo site do instituto (www.itaucultural .org.br).



Um comentário:

Anônimo disse...

posta a programação do dia 4, 5, 6 e 7! rs