quinta-feira, 3 de maio de 2007

Eu acredito em doentes



Tudo que eu sei sobre corridas de cachorro tem a ver com Papai Noel. E também tem a ver com o fato de que na China as pessoas assistem os eventos caninos pelo Pay-Per-View. Eu não sei se há alguma correlação política entre o livro vermelho do mau e o são nicolau [P.Q. Foges], mas o fato da escravidão islandesa de pigmeus se constitui numa preocupação interessante nesses tempos da busca desenfreada pelo circo, já que o pão foi transformado em comida de plástico de kits infantis para o domínio mental das crianças contemporâneas.

Homer Simpson conheceu seu mascote inseparável e subdesenvolvido nos páreos da Dog Race em Springfield. Bukowski uma vez tentou ir à corrida de cachorros, mas ele era um velho safado demais para trocar os eqüinos pelas pistas de greyhound da califórnia de Bill Clinton (esse sim, um velho safado de menos).
No fim, todos os cães irão virar comida de comunista, mesmo. Eu não me preocupo com a substituição da cadeia alimentar por aqueles que antes eram matéria-prima de sabonete, já que, com o desenvolvimento da indústria transgênica, acredito que em breve já poderemos saborear frangos acéfalos nos domingos do bairro. As televisões de cachorro, segundo McLuhan (1969), serão o fim do início da cadeia global canina. Eu espero em breve assistir a um páreo de frangos sem cabeça, cuja bandeirada final será dada pelo mesmo Papai Noel que um dia rejeitou os pobres para salvar os ricos da avalanche de produtos falsificados que teimavam em ocupar os lares com seus códigos-fonte abertos.
O que eu quero mesmo é um dia meu cachorro seja um campeão internacional. Há uns cinco anos eu presentei meu senhorio com seus pelos suados e seu bafo de carne de pomba, mas ainda acredito que Bill um dia voltará para me alegrar com suas peripécias metafísicas e sua confusão dialógica frente aos frangos expostos na esquina.
Um dia eu vou numa corrida de cachorros. Seja no Brasil, na China, na França ou em Brumadinho. Mas nada me impedirá de raptar um dos duendes de São Nicolau, e assim iniciar uma revolução que irá romper com o calendário comercial. Sem Natal, dia das Mães, Páscoa ou Dia de Finados, teremos muito mais liberdade para nos preocuparmos com nossos posts, além de ter mais tempo para interferir nos artigos da wikipedia, criando méritos para nós que nunca existiram de verdade.

Mas o que é a verdade?

Enquanto não consigo, recruto pessoas para criar um consórcio e comprar tv a cabo chinesa para assistir tudo da tv. Os interessados podem se manifestar nos comentários abaixo,

do MEU blog,

Olavo Walter,

senhor supremo do universo.

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