quarta-feira, 25 de abril de 2007

Janderianos, uma corrente por um pensador eterno,

"Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos”.

Sempre uma universidade, obra de arte aberta, algo do tipo, enciclopédia da alegria. As palavras felicidade, utilidade, eternidade serão muito citadas nestas lembranças soltas, memórias, fluxo de sentimentos.

Dizia eu “ainda vou escrever um livro com suas histórias e piadas vei, tu vai ver”, ele retrucava “coé, faz mesmo fi, jandera e suas aventuras”. Foi dada a largada.

Escrever sobre o Jandera nosso amigo é soltar todas as experiências vividas coletivamente, aprendizagens conquistadas voluntariamente. Ele era um voluntarado, como dizia em sua página de relacionamentos Orkut. Quer transformar o mundo com tesão, orgulho nas conquistas, dando exemplos. “Quer” no presente, pois não há tempo linear em sua vida, é algo circular, que não acaba nunca.

Presente, passado e futuro se misturam numa bola de sorvete gigante da Big house. O tempo nos vem a cabeça, minha mente, uma biblioteca dele. Lembranças soltas pelo ar, passado, presente. E o futuro? Se for o tempo que nos explicará ou tentará nos dar consolo, que este seja o dele. É. Viveremos pelo tempo do Jandão. O tempo eterno do amor.

Sempre um político e ativista da alegria. O Patch Adams que todos temos ao lado. Algo que sae do cinema, de tão inacreditável que é. Nosso Cazuza, o tempo não para e a caravana também não. Se fizermos um calculo dos sonhos, agora vamos ter que multiplicar por 1 milhão. Isso é um prêmio de Big Brother, ganhar 1 milhão de sonhos além dos que você tem, e vai dar tempo.

Ser curto e objetivo. Revolução. Um dos maiores revolucionários dos tempos de hoje, leva a celebração da vida como slogan. Al capone, Fidel, Che, Os trapalhões, Gandhi, Raul, Jim Morrison e outros, sua maior arma, um Toddynho, que sai rodopiando pelas ruas, com muitas risadas e amor no coração. Cowboy fora da lei, latino-americano, grita com uma faixa pintada “Toca Raulll” antes de pegar seu avião pra Cuba.

Navega entre as Ciências Sociais ou as leis, dizia então em seus poemas que ganhavam concursos quando criança “não quero ser juiz, quero ser feliz”.

O general foi um dos pontos estratégicos para a nossa revolución, em frente sua casa, um banquinho, fonte de energias positivas com alto nível de referência da família exemplar, esta sim, o seu livro Sagrado.

Sempre usando as baquetas pra reger sua orquestra. Profissional em montar quadrilha. Em primeira mão Dadá, Fafinha, Rogi Nima (Ocrut Odafas), uma banda rock n´roll, com direito ao holdie John e tudo mais. Em segunda mão juntou com os Leões. Daniel, Celsinho e Filipão. Sem esquecer do resto da trupe, milhares de pessoas que são conquistadas por seu carisma poético. Todos esses agüentam a mão pra ele correr, com seus pulinhos originais, de cachorros, chuva ou mulheres. Um cagão mesmo, Maluco Beleza.

Sempre aos sons mais diversos, da cultura erudita ao pop popular. Artista dança, dança, dança (aquela dança clássica com caretas) ao som do funk carioca e das bandas que só ele conhece como Os Theobaldos (música da veia). As trilhas sonoras de times. Um galo forte, ó menino Beterraba. Com seu estilo neo-hippie não sobra pra ninguém, forma então a corrente Filosófica das taiobas ou mesmo o bloco de carnaval Taiobão Mix.

Para todo príncipe uma princesa. Júlia, jovem, amiga, eterna ao seu lado. Ela deixou seus óculos comigo, agora utilizo ele como um microscópio ou telescópio, enxergando o mundo por cima por baixo por todos os lados, grande ou pequeno. Sou um novo homem.

Para sempre!
4

Rogi

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